A Doença Vascular Periférica (DVP) é uma condição séria que afeta os vasos sanguíneos, principalmente artérias e veias localizadas fora do coração e do cérebro.
Esta doença compromete a circulação sanguínea, dificultando o transporte de sangue rico em oxigênio para as extremidades do corpo, como pernas e pés.
Sua origem está, em grande parte, ligada à aterosclerose — o acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias.
Apesar de ser mais comum em pessoas acima dos 50 anos, a DVP pode atingir indivíduos mais jovens, especialmente aqueles que apresentam fatores de risco, como diabetes, tabagismo, hipertensão arterial e colesterol elevado.
A relação entre a DVP e a saúde cardiovascular é íntima, pois os problemas vasculares que acometem as artérias periféricas também aumentam o risco de doenças do coração, como infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca.
Por isso, é fundamental realizar consultas regulares com um médico cardiologista e manter a atenção voltada à saúde vascular.
O que é a Doença Vascular Periférica?
A DVP é caracterizada por um estreitamento ou bloqueio nos vasos sanguíneos periféricos, geralmente devido à formação de placas ateroscleróticas.
Este processo inflamatório crônico reduz o fluxo de sangue para os tecidos das extremidades do corpo, causando dor, alterações na pele e, em casos mais graves, gangrena.
Embora as artérias sejam mais frequentemente acometidas, as veias também podem sofrer alterações, especialmente em casos de trombose venosa profunda.
A doença é considerada um marcador de risco para complicações cardiovasculares. Assim, quem apresenta DVP tem maior probabilidade de sofrer ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC).
Essa interligação entre a saúde cardiovascular e a circulação periférica reforça a necessidade de consultas periódicas em uma clínica cardiologista, onde o paciente pode ser avaliado por um médico especialista.
Sinais e Sintomas da Doença Vascular Periférica
Os sintomas da Doença Vascular Periférica podem variar dependendo da gravidade e da localização do bloqueio.
É comum que a doença passe despercebida nos estágios iniciais, já que muitos pacientes são assintomáticos. Entretanto, quando os sintomas aparecem, eles podem incluir:
1. Dor nas pernas durante a caminhada (claudicação intermitente): Este é um dos sinais mais comuns da DVP. A dor ocorre devido à falta de oxigênio nos músculos das pernas durante atividades físicas. Geralmente, a dor melhora com o repouso, mas retorna com a retomada do movimento.
2. Dormência ou fraqueza nos membros inferiores: A insuficiência do fluxo sanguíneo pode causar sensação de formigamento, fraqueza muscular e até dificuldade para caminhar.
3. Feridas ou úlceras que não cicatrizam: A má circulação impede a cicatrização adequada de feridas, principalmente nos pés. Essas lesões podem evoluir para infecções graves ou até gangrena.
4. Mudanças na coloração da pele: A pele pode ficar pálida, azulada ou apresentar manchas escuras, indicando má oxigenação nos tecidos.
5. Diminuição da temperatura nos membros afetados: Sentir uma das pernas ou pés mais frios do que o normal é um sinal de fluxo sanguíneo reduzido.
6. Redução do crescimento de pelos e unhas: A circulação inadequada pode interferir no suprimento de nutrientes para as extremidades, resultando em unhas quebradiças e queda de pelos nas pernas.
Se qualquer um desses sintomas for notado, procurar um médico cardiologista é essencial para iniciar uma avaliação detalhada.
Além de identificar a DVP, essa consulta permite verificar o estado geral da saúde cardiovascular do paciente.
Fatores de Risco e Prevenção
A Doença Vascular Periférica compartilha muitos fatores de risco com outras condições cardiovasculares. Entre os principais estão:
– Tabagismo: Fumar é o principal fator de risco modificável. As substâncias químicas presentes no cigarro danificam as paredes das artérias, facilitando o acúmulo de placas de gordura.
– Diabetes: O controle inadequado dos níveis de glicose no sangue aumenta o risco de danos vasculares.
– Hipertensão arterial: A pressão alta acelera o processo de aterosclerose.
– Colesterol alto: O excesso de LDL (colesterol “ruim”) contribui para a formação de placas arteriais.
– Histórico familiar: Pessoas com parentes que possuem doenças cardiovasculares apresentam maior predisposição.
A prevenção é baseada na adoção de hábitos saudáveis, como manter uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras boas, e praticar exercícios físicos regularmente.
Além disso, é imprescindível realizar consultas de cardiologia de rotina, especialmente para quem apresenta fatores de risco.
Diagnóstico da Doença Vascular Periférica
O diagnóstico da DVP exige uma abordagem completa. Durante uma consulta de cardiologia, o médico realiza uma avaliação clínica detalhada, investiga o histórico do paciente e, em muitos casos, solicita exames complementares. Entre os principais exames para identificar a DVP estão:
– Índice tornozelo braquial (ITB): Esse exame compara a pressão arterial dos tornozelos com a dos braços para verificar a presença de bloqueios nas artérias.
– Ultrassom Doppler: Utilizado para avaliar o fluxo sanguíneo nas artérias e veias, ajudando a identificar obstruções.
– Angiografia por tomografia computadorizada ou ressonância magnética: Esses exames permitem uma visualização detalhada dos vasos sanguíneos e podem confirmar o diagnóstico.
– Exame de coração: Como a DVP está associada ao aumento do risco de doenças cardíacas, o médico pode solicitar exames como eletrocardiograma, ecocardiograma ou teste de esforço.
A realização desses exames em uma clínica cardiologista garante um diagnóstico preciso e facilita a escolha do melhor tratamento.
Tratamentos Disponíveis
O tratamento da Doença Vascular Periférica varia de acordo com a gravidade do quadro clínico. As opções incluem mudanças no estilo de vida, medicações e, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas.
Mudanças no estilo de vida
– Cessar o tabagismo: Parar de fumar é a medida mais eficaz para desacelerar a progressão da DVP.
– Dieta balanceada: Consumir alimentos saudáveis e evitar gorduras saturadas ajuda a controlar o colesterol e manter os vasos saudáveis.
– Exercícios físicos regulares: Caminhadas orientadas por um profissional de saúde melhoram a circulação e ajudam no controle de outros fatores de risco, como obesidade e diabetes.
Medicações
O uso de medicamentos é comum no manejo da DVP. Entre as principais opções estão:
– Anticoagulantes e antiplaquetários: Previnem a formação de coágulos.
– Estatinas: Reduzem os níveis de colesterol no sangue.
– Medicamentos vasodilatadores: Ajudam a aliviar os sintomas da claudicação intermitente.
Intervenções cirúrgicas
Em casos graves, quando os tratamentos clínicos não são suficientes, pode ser necessário realizar:
– Angioplastia com stent: Um procedimento que utiliza balões para abrir artérias bloqueadas e posicionar um stent.
– Bypass vascular: Criação de um desvio em torno da artéria bloqueada.
– Amputação: Indicada apenas em casos extremos, quando há gangrena irreversível.
Conclusão
A Doença Vascular Periférica é uma condição séria que exige atenção. Sua relação direta com a saúde cardiovascular a torna uma ameaça silenciosa, especialmente para quem já apresenta fatores de risco.
Realizar consultas regulares com um médico cardiologista, manter hábitos saudáveis e realizar exames como o exame de coração são passos indispensáveis para a prevenção e o controle da DVP.
Cuidar da saúde cardiovascular não é apenas uma forma de prevenir complicações futuras, mas também de garantir qualidade de vida.
Se você apresenta sintomas ou fatores de risco, procure uma clínica cardiologista de confiança e invista em sua saúde.